Ardend(o)
Homem
Tem
a decisão
Da
idade e
Aos
borbotões
Saem
os poemas
Quais
Ruy
Duarte
de
Carvalho
Escreve
no
Espelho
d´agua
Pela
se(de)
Angola
refletir.
Moduan Matus
Retumbam
Tambores
de Crioula
Chamando
pela
Quituteira
desterrada
Viva
a Luíza
Mahin
Portadora
da alvorada
Dos
Malês
Da
Sabinada
Do
filho que
Foi
amputada
Seu
clamor
Fez
a história
Mesmo quando deportada.
Moduan Matus
Foi
num lance de
Júlio
Emílio
Braz(ílio)
E
seu idílio
De
futebol e regatas
Que
os olhos
Aguçaram
Para
o tamanho
E o
número
Das
letras
De:
atenção.
Moduan Matus
Nada
de
Pianinho
em
John
Cage
Pondo
Dedo
na
Ferida
Ouve-se
Pelo
silêncio
O
choque
Na
Imaginação.
Moduan Matus
O
diário de
Helena
Jobim
Comprime
em
Compasso
os
Lábios
Brancos
do
Medo
De
que alguém
Com
olhos
De
seda
Descubra
Seus
Segredos.
Moduan Matus
Quis
Klaus
Kinski
Sugar
Escandalosa
Mente
Os
tormentos
Para
si
Pondo
em cen(a)
Sordidez
Das
bocas de
Morango
Entressonhos
E
viés.
Moduan Matus
Bléim
Bléim!
Ambulante
Rodolfo
Magalhães
Vende
Belém
Embrulhada
Com
anexos
E
bula
Compre
com a fé
De quem
se cobra
E
numa
Panacéia
Se
cura.
Moduan Matus
Todo
una
Sola
esencia
Que
cante
Libremente
Lo
que la vida
Fue
enseñando
El
payador
Perseguido
Y
lo que
Atahualpa
Yupanqui
Tiene
De
la tierra
Escribido.
Moduan Matus
A
saudade
No
sofrido
Fado
Situa-se
bem
Desentranhando
Da
cantadeira
Amália
Rodrigues
E
em essência
Se
transformando
Pelos
âmagos
Maralém.
Moduan Matus